Os
folguedos são caracterizados por serem festas populares, cuja principal
característica é a presença marcante dos ritmos, dança e toda uma representação
teatral.
Segundo
estudiosos como Théo Brandão, Josefina Novaes, Aloysio Vilela e Pedro Teixeira,
a terra alagoana possui a maior diversidade em folguedos. Desses, 14 são
natalinos – Baianas, Bumba-meu-boi, Cavalhada, Chegança, Fandango, Guerreiro,
Maracatu, entre outros.
Os
folguedos surgiram no Brasil com os europeus e africanos que chegaram à época
de Pedro Álvares Cabral.
Alagoas
é uma região muito especial, mesmo sendo, nos primórdios comandados por
Pernambuco – “O Leão do Norte”. A Asfopal – Associação dos Folguedos Populares
de Alagoas-, presidida por Geraldo José da Silva, é uma instituição fundada
desde 27 de dezembro de 1985 e foi criada com o objetivo de reunir os mestres
da cultura popular visando divulgar e valorizar os folguedos alagoanos, bem
como as atividades desenvolvidas nos bairros da cidade. A missão é proteger e
amparar os grupos na luta contra o total esquecimento imposto pelos governantes
e pela sociedade alagoana as verdadeiras manifestações da cultura popular.
Giro
dos Folguedos
Promovido
pela Prefeitura de Maceió, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural
(FMAC), o Giro dos Folguedos está colorindo a orla de Maceió e incentivando a
cultura para o povo alagoano.
Muitas
famílias e turistas podem ver a força da expressão cultural em cada folguedo
apresentado. Desde a estreia em janeiro de 2013, o projeto já percorreu
diversos bairros de Maceió, viabilizando o contato direto de maceioenses e
turistas com mestres e brincantes da cultura popular. O projeto atrai um
público diverso de maceioenses e turistas que demonstram encantamento ao se
deparar com o colorido, os ritmos e os cantos das manifestações populares da
cidade.
Guerreiro
Característico
de Alagoas, o guerreiro nasceu da mistura do Reisado, Auto dos Caboclinhos,
Chegança e Pastoril, guardando com o primeiro uma grande semelhança, quebrada
apenas pelo maior número de figurantes e episódios, além de trajes mais ricos e
cantigas mais belas.
È
uma seqüência de cantigas dançadas por um conjunto de bailarinos paramentados
de vestimentas multicoloridas, imitando antigos trajes da nobreza colonial. È
justamente a vestimenta que mais chama a atenção neste folguedo. Nestes
paramentos, as seda, o brocado e os metais e pedras preciosas são substituídos,
pelo gosto e possibilidade econômica do povo, por fitas, espelhos, enfeites de
árvore de natal, contas coloridas, diademas e coroas de imitação.
A
coreografia é basicamente variada, apresentando “entremeios”, como no Reisado,
destacando-se, entre estes, o da Estrela de Ouro, da Lira, da Sereia, do Índio
Peri e do Sapo.
Seus
personagens são: o rei e a rainha, mestre e contra-mestre, embaixadores,
general, lira, Índio Peri e seus dois vassalos, mateus, palhaço, catirina,
caboclinho, estrela de ouro, estrela brilhante, estrela republicana, borboleta,
sereia, banda da lua e figuras – personagens que só cantam e dançam, apenas
para dar mais beleza ao folguedo.
Venham
conhecer nossa terra...
“Não
há quem não morra de amores por Alagoas!”
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